top of page

Medicina e saúde

       Caros leitores! Em nome das demais colunistas, convido cada um de vocês a acompanhar suas postagens sobre medicina e saúde. Seu foco é seduzi-los a uma revisitação às bases antigas de nossa cultura, a fim de encontrarmos perguntas e respostas sobre o que atualmente pensamos sobre temas como amor, saúde, doença, felicidade, só para citar alguns. Certamente, quem se dispuser a acompanha-las nesse processo descobrirá uma sabedoria belíssima, infelizmente esquecida por muitos em nome da importante, mas limitada tecnologia. Mas de que limites falamos? Não é possível cuidar da saúde só com máquinas e técnicas? O que dizem os filósofos-médicos que, na história, ajudaram a gestar nossa cultura médica?   

Como provocação acerca do que elas irão empreender, deixo uma frase do “pai da medicina”, Hipócrates (460-370 a. C.): “Quem não ama, adoece”.

 

 

 

 

 

Retrocessos da atual prática médica

 

       Queridos(as) leitores(as), nessa primeira postagem apresentaremos uma leitura crítica acerca da “evolução” da medicina, ressaltando as deficiências da atual prática médica

(. . .)

   A medicina sofreu uma espantosa evolução técnica nas últimas décadas, trazendo o aprimoramento de diagnósticos e o descobrimento de novas formas de tratar as patologias. Essa “evolução” trouxe consequências impactantes para a forma como atualmente tratamos a saúde. O perfil – tanto do médico como do paciente – mudou. Nas origens ocidentais da medicina, com os gregos e egípcios, o paciente era visto como um ser ativo, ou seja, como aquele que procura sua cura e está ativamente envolvido em seus cuidados médicos. Contudo, infelizmente essa realidade mudou drasticamente, pois hoje o paciente é visto como um ser passivo, ou seja, aquele que é submisso e que apenas espera a cura. Muitos médicos contemporâneos baseiam seus diagnósticos e tratamentos somente em exames laboratoriais, procedimentos que, apesar de necessários, não devem protagonizar o processo de cura.

 

        A medicina atual tende à desumanização quando seus médicos deixam de considerar o paciente como um todo, passando a dar atenção apenas às partes doentes. As consultas médicas se tornaram cada vez mais rápidas e em muitas ocasiões o médico sequer toca no paciente. Seu olhar técnico tende a desconsiderar uma característica primordial da medicina: o paciente deve ser visto como um todo e é parte ativa no processo de cura; basta lembrar que, para Hipócrates (até os dias de hoje considerado o "pai da medicina": “é mais importante conhecer o doente do que o tipo de doença que ele sofre".

        É importante ressaltar que para se abraçar a profissão da medicina é preciso amá-la, dar o melhor de si para si e para os outros e praticar o amor ao próximo. Todos nós, precisamos discutir esses temas para encontrarmos soluções viáveis para nossa época tão doente, soluções que incentivem o exercício coreto da medicina. É fundamental, portanto, que voltemos a valorizar esse princípio que, dentre todos os outros, é um dos mais fundamentais: a relação médico-paciente.

bottom of page